Os projetos grandiosos da filosofia desmoronaram nos últimos tempos. A própria ideia de “verdade”, que os gregos já perseguiam há mais de dois milênios, está sendo atacada por todos os lados, pelo menos nos últimos trinta anos.
Computadores cada vez mais inteligentes, infinitas inovações tecnológicas, pós-estruturalismo, desconstrutivismo, infinitos “ismos” e outras “cositas más” pós-modernas acabaram, de igual forma, por contribuir para tornar o mundo caótico e obsessivo, na exata medida de tentarem compreender o caos e as obsessões dele. Parece ser um mundo novo, mas é a representação da velha ideia do cachorro que persegue o seu próprio rabo.
Emergiu, supremo, o império da crítica à ideia de um tradicional racionalismo/empirismo que era tão caro ao Iluminismo e, voltando um pouco mais no tempo, ao conhecimento filosófico clássico. Nossa moderna era pós-estruturalista é como uma imensa Torre de Babel: há espaço para todos dentro dela, mas ninguém se entende.
As ideias libertárias das três grandes revoluções da História (a fundamental Gloriosa, a assertiva Americana e a confusa Francesa) parecem ter sido misturadas a uma fumaça cinzenta onde se digladiam estruturas de poder, discursos de ódio, retórica identitária e ideologias oportunistas.
A CONTINUAR…
Thiago Andrade Macedo: escritor infiltrado no serviço público federal, advogado não militante, autor do romance policial, psicológico e filosófico O Silêncio das Sombras, também atuou como articulista do jornal A União; filho de pernambucanos nascido nas Minas Gerais, atualmente é um ex-nômade radicado em João Pessoa, Paraíba.
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