O absurdo que foi aceitarmos – como se fôssemos reses (me espanto, toda vez de que disso me lembro) – chamar os quatro últimos meses do ano
de setembro, outubro, novembro e dezembro
como se fossem do sétimo ao décimo,
quando vão – pense, isso é péssimo e não muito profundo – do nono ao décimo segundo,
simplesmente para que os césares Júlio e o Augusto se eternizassem no meio do calendário,
quando bastaria – e já seria extraordinário – que pra cada um se entronizasse
um busto!
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(Trecho do grande Tratado Poético-Filosófico “1/6 de Laranjas Mecânicas, Bananas de Dinamite”, Cajazeiras, Editora Arribaçã, 2021)
W. J. Solha: romancista, poeta e ensaísta paulista radicado na Paraíba, é também dramaturgo, ator, artista plástico e publicitário, com vários livros publicados e premiados, transitando em várias frentes de nossa cultura; um artista "multimídia" por excelência.
E-mail: waldemarsolha@gmail.com