Tolstói ,

pra narrar as batalhas que nunca vira,

de Guerra e Paz:,

lê Victor Hugo e Stendhal sobre Waterloo

e faz

das Niagara Falls

a sua Foz do Iguaçu,

com o que se vê

que,

assim como há

em Todos os Fogos o Fogo,

há,

em todos os homens

o Homem:

seja um líder maior

ou o pior demagogo.

Por isso o Charlton Heston pode ser o El Cid e o Ben-Hur,

Michelangelo e

Moisés,

o Yul Brynner pode ser Taras Bulba, o rei Salomão

e Ramsés,

Zé Wilker pode ser Tiradentes,

Paulo Betti, o Mauá,

e Jardel Filho,

Nassau

que,

na sua nau,

sabe que não vem gerir os interesses locais da Companhia das Índias Ocidentais,

mas cumprir a etapa – essencial – de pôr a região

no mapa.

(Trecho do grande Tratado Poético-Filosófico “1/6 de Laranjas Mecânicas, Bananas de Dinamite”, Cajazeiras, Editora Arribaçã, 2021)

W. J. Solha: romancista, poeta e ensaísta paulista radicado na Paraíba, é também dramaturgo, ator, artista plástico e publicitário, com vários livros publicados e premiados, transitando em várias frentes de nossa cultura; um artista "multimídia" por excelência.

E-mail: waldemarsolha@gmail.com